Please use this identifier to cite or link to this item: http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1556
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisorMabasso, Eliseu-
dc.contributor.authorIbrahimo, Amina Nádia Aboobacar-
dc.date.accessioned2025-12-11T09:49:13Z-
dc.date.issued2025-07-02-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle258/1556-
dc.description.abstractO presente trabalho tem como foco de análise o silêncio em contexto jurídico, especificamente, em audições de tribunal. Tendo como título “Quem cala consente? O significado do silêncio e seu impacto no contexto jurídico”, a pesquisa procura perceber as interpretações do silêncio em interrogatórios de tribunal. Sendo visto como ausência de fala, o silêncio é muitas vezes associado ao nada; o silêncio é deixado de lado como fenómeno comunicador. Um olhar mais atento a este fenómeno mostra que este não é o caso, visto que o silêncio não constitui ausência de comunicação de acordo com autores como Mesthrie (2009), Oliveira (2009), Orlandi (2009), etc., significando consentimento, afirmação ou confirmação em muitos cenários. O estudo é desenvolvido na base da seguinte preocupação: Que interpretação se pode fazer do silêncio em interrogatórios de tribunal? A fim de responder à questão, o trabalho contou com uma pesquisa bibliográfica e documental, assumindo uma abordagem qualitativa, contando com gravações de duas audições de julgamento como dados de análise, tendo sido analisados à luz da Análise do Discurso, Análise Conversacional e Teoria de Actos de Fala. Com o presente estudo, concluiu-se que o silêncio no contexto jurídico constitui um fenómeno comunicativo significativo, manifestando-se como recusa de pronunciamento através de actos de fala compromissivos; representa um direito do arguido ou réu que o previne de se auto-incriminar. Apesar disso, o silêncio é interpretado como sinal de culpa, uma vez que num cenário onde se privilegia a palavra, todo aquele que voluntária e conscientemente se recusa a falar é assumido como não-cooperativo, dando indício de alguma culpa e fazendo valer o ditado: quem cala consente.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUEMen_US
dc.rightsopenAcessen_US
dc.subjectAnálise do discursoen_US
dc.subjectInterrogatórios de tribunalen_US
dc.subjectAnálise conversacionalen_US
dc.subjectActos de falaen_US
dc.subjectDireito ao silêncioen_US
dc.titleQuem cala consente? o significado do silêncio e o seu impacto em interrogatórios de tribunalen_US
dc.typethesisen_US
dc.description.embargo2025-11-11-
dc.description.resumoThe present work focuses on analyzing silence in a legal context, specifically, in court hearings. Titled “Silence is consent? The meaning of silence and its impact in the legal context”, the research seeks to understand the interpretations of silence in court interrogations. Being seen as the absence of speech, silence is often associated with nothingness, silence is left aside as a communicative phenomenon. A closer look at this phenomenon shows that this is not the case, since silence does not constitute an absence of communication according to authors such as Mesthrie (2009), Oliveira (2009), Orlandi (2009), etc. meaning consent, affirmation, or confirmation in many scenarios. The study is developed based on the following question: What is the interpretation that can be made of silence in court interrogations? In order to answer the question, the work is based on bibliographic and documentary research, taking a qualitative approach, relying on recordings of two trial hearings as analysis data, having been analyzed in the light of Discourse Analysis, Conversational Analysis and Speech Act Theory. With the present study, it was concluded that silence in legal context constitutes a significant communicative phenomenon, manifesting itself as a refusal to speak through illocutionary commissive speech acts, representing the right of the accused or defendant that prevents them from self-incrimination. Despite this, silence is interpreted as a sign of guilt, since in a scenario where speech is privileged, anyone who voluntarily and consciously refuses to speak is assumed to be uncooperative, giving evidence of some guilt and making the saying ‘silence is consent’ count.en_US
Appears in Collections:DLL - FLCS - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2025 - Ibrahimo, Amina Nádia Aboobacar.pdf1.69 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.