Please use this identifier to cite or link to this item: http://www.repositorio.uem.mz/handle258/574
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisorGrosso, Maria José dos Reis-
dc.contributor.authorGuirrugo, Osvaldo Carlos-
dc.date.accessioned2021-10-19T10:59:48Z-
dc.date.available2021-10-19T10:59:48Z-
dc.date.issued2008-02-03-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle/258/574-
dc.description.abstractA necessidade de comunicação eficiente em língua entre pessoas do mesmo círculo 1 e entre estas e as dos outros círculos revela-se hoje uma questão fundamental. Atendendo a esta preocupação sempre houve esforços das pessoas pertencentes aos círculos da mesma língua em padronizar e manter a inteligibilidade linguística, mesmo quando a língua em questão é usada em situações transcontinentais por falantes de origens, culturas e costumes diversos. Neste contexto, é consensual que a escola se reveste de grande responsabilidade em manter e controlar a norma estipulada e traçar estratégias que dêem conta do ensino adequado das línguas no mundo, quer sejam línguas maternas (L1) quer línguas segundas (L2) 2 , em diversos contextos. Se esta preocupação é “relativamente menor” nos círculos de L1 (Círculo Interior) (habitualmente monolingues), porque as pessoas falam uma mesma língua, parece muito maior nos de L2 (Círculo Exterior) (habitualmente multilingues). Tal se deve essencialmente aos elevados usos desviantes em relação à variante padrão, nos contextos de L2, em que diversos factores concorrem potencialmente para a sua “desestabilização”. O caso moçambicano é exemplo de situações de usos desviantes em relação à norma padrão estabelecida – o Português Europeu (PE). Os usos desviantes atravessam quase todos os contextos em que o Português é usado em Moçambique, e a escola, a todos os níveis, não foge à regra. É no contexto destes usos desviantes, que levam inclusive a tendências de afastamento em relação à norma padrão estabelecida e consequente surgimento de outra(s) variante(s) “emergente(s)” (cf. por exemplo Gonçalves, 1996), onde surgem as grandes preocupações no seio de profissionais moçambicanos ligados à língua, e não só. A existência, na actualidade, de uma vasta investigação nesta área revela estas preocupações e a fertilidade em termos de linhas de análise. A necessidade de contribuir para o processo de ensino e aprendizagem do Português no contexto moçambicano levou-nos a construir uma linha de reflexão neste domínio; uma linha que procura, partindo dos “erros” cometidos pelos estudantes da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (FLECS/UEM) no processo da escrita, argumentar a favor do uso de estratégias (meta)cognitivo-cooperativas para a aprendizagem e consolidação deste tipo de tarefa. Partimos dos “erros” porque achamos que estes evidenciam antes uma preocupação primária, a do domínio da gramática do PE. Portanto, pretendemos construir uma linha de reflexão que se baseia no fraco domínio da língua portuguesa como forte concorrente para o fraco domínio da expressão/comunicação escrita. Deste modo, a análise vai percorrer um caminho que parte da análise dos “erros”, passando pelo estudo dos processos inerentes à expressão escrita, até desembocar nas propostas (meta)cognitivo- cooperativas.A necessidade de comunicação eficiente em língua entre pessoas do mesmo círculo 1 e entre estas e as dos outros círculos revela-se hoje uma questão fundamental. Atendendo a esta preocupação sempre houve esforços das pessoas pertencentes aos círculos da mesma língua em padronizar e manter a inteligibilidade linguística, mesmo quando a língua em questão é usada em situações transcontinentais por falantes de origens, culturas e costumes diversos. Neste contexto, é consensual que a escola se reveste de grande responsabilidade em manter e controlar a norma estipulada e traçar estratégias que dêem conta do ensino adequado das línguas no mundo, quer sejam línguas maternas (L1) quer línguas segundas (L2) 2 , em diversos contextos. Se esta preocupação é “relativamente menor” nos círculos de L1 (Círculo Interior) (habitualmente monolingues), porque as pessoas falam uma mesma língua, parece muito maior nos de L2 (Círculo Exterior) (habitualmente multilingues). Tal se deve essencialmente aos elevados usos desviantes em relação à variante padrão, nos contextos de L2, em que diversos factores concorrem potencialmente para a sua “desestabilização”. O caso moçambicano é exemplo de situações de usos desviantes em relação à norma padrão estabelecida – o Português Europeu (PE). Os usos desviantes atravessam quase todos os contextos em que o Português é usado em Moçambique, e a escola, a todos os níveis, não foge à regra. É no contexto destes usos desviantes, que levam inclusive a tendências de afastamento em relação à norma padrão estabelecida e consequente surgimento de outra(s) variante(s) “emergente(s)” (cf. por exemplo Gonçalves, 1996), onde surgem as grandes preocupações no seio de profissionais moçambicanos ligados à língua, e não só. A existência, na actualidade, de uma vasta investigação nesta área revela estas preocupações e a fertilidade em termos de linhas de análise. A necessidade de contribuir para o processo de ensino e aprendizagem do Português no contexto moçambicano levou-nos a construir uma linha de reflexão neste domínio; uma linha que procura, partindo dos “erros” cometidos pelos estudantes da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (FLECS/UEM) no processo da escrita, argumentar a favor do uso de estratégias (meta)cognitivo-cooperativas para a aprendizagem e consolidação deste tipo de tarefa. Partimos dos “erros” porque achamos que estes evidenciam antes uma preocupação primária, a do domínio da gramática do PE. Portanto, pretendemos construir uma linha de reflexão que se baseia no fraco domínio da língua portuguesa como forte concorrente para o fraco domínio da expressão/comunicação escrita. Deste modo, a análise vai percorrer um caminho que parte da análise dos “erros”, passando pelo estudo dos processos inerentes à expressão escrita, até desembocar nas propostas (meta)cognitivo- cooperativas.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUniversidade de Lisboaen_US
dc.subjectLíngua portuguesaen_US
dc.subjectComunicaçãoen_US
dc.subjectProcessos cognitivosen_US
dc.subjectPortuguese languageen_US
dc.subjectCommunicationen_US
dc.subjectCognitive processesen_US
dc.titleO Ensino da escrita com recurso a estratégias (meta) cognitivo- cooperativas em contextos multilingues: o caso do português em Moçambiqueen_US
dc.typethesisen_US
dc.embargo.termsopenAcessen_US
dc.description.resumoThe necessity of communication among people of the same circle 3 , and between these people and those of other circles of the same language has been one of the main issues on language learning and teaching. Owing to this fact, there have been many efforts from the people of the circles of the same language to standardize and maintain the language intelligibility, even when the target language is used in transcontinental dimensions by people from several different places, with different habits and cultures. In this context, it is consensual that the school, as an institution, carries a great responsibility to control and maintain the stipulated norm and design strategies which best suit the language teaching in all contexts of the world, be either first or second languages. 4 If this is not a strong issue in L1 contexts, where people normally use one and the same language, in L2 contexts it seems to be stronger. This has mainly to do with the great number of deviant usages in L2 contexts when compared to the standard, where many factors contribute. The case of Mozambique is one of those where there is a frequent deviant usage of the established norm – the European Portuguese. The deviant usage overpasses all contexts where Portuguese is used in this country, and the school, at all levels, has been showing this shortcoming. It is in the context of these deviations, somehow seen as producing an “emerging variant” of Portuguese (cf. e.g. Gonçalves, 1996), that many issues have been arising among many linguists and others interested in languages in this country. This interest has been manifested by the exploration of these issues in many directions. So, the necessity of contributing to the process of teaching and learning this language in Mozambique has guided us on writing the present thesis. The reflection contained in it explores a line which goes from “errors” of a group of students, attending Portuguese language courses at Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (FLECS) in the process of writing, to state that this kind of tasks can be well explored and consolidated using metacognitive-cooperative strategies. We start from “errors” because we think that they show, as prime concern, the students’ management of the Portuguese grammar. Therefore, we pretend to construct a line of reflection based on the weak management of the Portuguese language as the highest concurrent of the weak domain of the writing communication. So, the thesis will follow a line which will analyse the “errors” of the students, passing through the study of the processes underlining the writing communication, till the proposals of the metacognitive-cooperative strategies.en_US
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado - BCE

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2008 - Guirrugo, Osvaldo Carlos.pdf5.19 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.