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dc.contributor.advisorBaltazar, Cynthia Semá-
dc.contributor.advisorLanga, Denise Chitsondzo-
dc.contributor.authorNuvunga, Samuel-
dc.date.accessioned2024-08-15T11:50:36Z-
dc.date.issued2024-02-28-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle258/1087-
dc.description.abstractA relação entre o trabalho sexual e HIV/SIDA é um tema de grande relevância em todo o mundo, especialmente em contextos de alta prevalência, como a África Subsaariana. Inúmeros estudos destacam a elevada prevalência de HIV entre as mulheres trabalhadoras do sexo (MTS), bem como os significativos obstáculos no acesso a serviços de prevenção e tratamento do HIV/SIDA. Esta dissertação analisa a variação no acesso e utilização dos serviços de saúde para prevenção do HIV/SIDA entre MTS em Moçambique, no período de 2011 a 2019. Foram analisados dados de dois inquéritos transversais bio-comportamentais (BBS) entre as MTS em Moçambique, nos anos 2011 e 2019. Estes inquéritos incluíram a colheita de dados bio-comportamentais e informações sobre o acesso aos serviços de saúde através de um questionário padronizado. O recrutamento das participantes para ambos os inquéritos foi baseado na técnica de amostragem por cadeia de referência (RDS), frequentemente sempre em estudos com populações ocultas. Para analisar as variações no acesso e uso dos serviços de saúde ao longo do tempo, foram aplicadas análises de regressão logística. No total, foram recrutadas 1.240 MTS em 2011 e 1.530 em 2019. Destas, cerca de 36,0% em 2011 e 30,0% em 2019 tinham idade entre 15 e 19 anos. Aproximadamente 65,0% em 2011 e 61,0% em 2019 eram solteiras. Comparando os inquéritos de 2011 e 2019, observou-se uma alteração significativa no contacto com educadores de pares ou ativistas de HIV/SIDA, aumentando de 21,4% para 52,3% (ORa = 5,6; 95%IC: 5,0-6,2; p<0,0001). Houve também um incremento no acesso gratuito a preservativos, lubrificantes e panfletos, de 51,9% para 56,5% (ORa=3,4; 95%IC:2,6-4,4; p:0,001). A busca por médicos, enfermeiros ou outros profissionais de saúde devido a problemas de saúde aumentou de 39,5% para 49,6% (ORa=1,8; 95%IC: 1,3-2,5; p=0,01). O uso consistente de preservativos variou de 74,1% para 86,3% (ORa =1,5; 95%IC:1,2-1,9; p>0,001) e a realização do teste de HIV aumentou de 68,8% para 83,1% (ORa = 1,7; 95%IC:1,4-2,9; p=0,001). Os resultados desta pesquisa fornecem evidências claras de incremento no acesso e uso dos serviços de prevenção do HIV/SIDA MTS em Moçambique. Observou-se um incremento na cobertura de utilização desses serviços pelas MTS de um período para outro. Estes achados sublinham a importância de continuidade do fortalecimento e expansão dos programas que visam melhorar o acesso e a eficácia dos serviços de saúde para esta populaçãoen_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUniversidade Eduardo Mondlaneen_US
dc.rightsopenAcessen_US
dc.subjectServiços de saúdeen_US
dc.subjectMTSen_US
dc.subjectHIVen_US
dc.subjectMulheres trabalhadoras de sexoen_US
dc.subjectDoenças de transmissão sexualen_US
dc.subjectPrevenção de doençasen_US
dc.subjectHealth servicesen_US
dc.subjectFemale sex workersen_US
dc.subjectDisease preventionen_US
dc.subjectSexually transmitted diseasesen_US
dc.titleAnálise da variação acesso e uso dos serviços de saúde para prevenção do HIV/SIDA entre mulheres trabalhadoras de sexo em Moçambique entre 2011 e 2019en_US
dc.typethesisen_US
dc.description.embargo2024-08-15-
dc.description.resumoThe relationship between sex work and HIV/SIDA is a topic of great relevance throughout the world, especially in high prevalence contexts, such as Sub-Saharan Africa. Numerous studies highlight the high prevalence of HIV among female sex workers (FSWs), as well as the significant obstacles in accessing HIV/SIDA prevention and treatment services. This dissertation analyzes the variation access and use of health services to prevent HIV/SIDA among FSWs in Mozambique, from 2011 to 201. Data from two cross-sectional Bio-behavioral surveys (BBS) among FSWs in Mozambique, in the years 2011 and 2019, were analyzed. These surveys included the collection of Bio-behavioral data and information on access to health services through a questionnaire standardized. The recruitment of participants for both surveys was based on the respondent driven sample (RDS) technique, often in studies with hidden populations. To analyze variations in access and use of health services over time, logistic regression analyzes were applied. In total, 1,240 FSW were recruited in 2011 and 1,530 in 2019. Of these, around 36.0% in 2011 and 30.0% in 2019 were aged between 15 and 19 years. Approximately 65.0% in 2011 and 61.0% in 2019 were single. Comparing the 2011 and 2019 surveys, there was a significant change in contact with peer educators or HIV/SIDA activists, increasing from 21.4% to 52.3% (aOR = 5.6; 95%CI: 5 .0-6.2; p<0.0001). There was also an increase in free access to condoms, lubricants, and pamphlets, from 51.9% to 56.5% (aOR=3.4; 95%CI:2.6- 4.4; p:0.001). The search for doctors, nurses, or other health professionals due to health problems increased from 39.5% to 49.6% (aOR=1.8; 95%CI: 1.3-2.5; p=0. 01). Consistent use of condoms increased from 74.1% to 86.3% (aOR =1.5; 95%CI:1.2-1.9; p>0.001) and HIV testing increased from 68. 8% to 83.1% (aOR = 1.7; 95%CI:1.4-2.9; p=0.001). The results of this research provide clear evidence of changes in access and use of FSWs HIV/SIDA prevention services in Mozambique. An increase in coverage and use of these services by FSWs from one period to another. These findings highlight the importance of continuing to strengthen and expand programs that aim to improve access and effectiveness of health services for this populationen_US
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