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dc.contributor.advisorSidat, Mohsin-
dc.contributor.advisorMoon, Troy D.-
dc.contributor.advisorMadede, Tavares-
dc.contributor.authorSaca, Nércia Sequeira Ronda-
dc.date.accessioned2025-10-15T10:43:15Z-
dc.date.issued2025-09-22-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle258/1522-
dc.description.abstractMoçambique situa-se entre os países com o número mais elevado de novas infecções pelo HIV em crianças. Em 2018, havia mais de 16.000 novas infecções de crianças devido à transmissão vertical, que representa cerca de 11% de todas as novas infecções no país. Apesar da implementação do Programa de Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) há vários anos, surgiu o interesse de perceber os reais motivos que concorrem para o número elevado de casos de infecção por HIV adquiridos por via de transmissão vertical e tentar compreender melhor os factores que contribuem para que as crianças nascidas de mães vivendo com HIV continuam a adquirir a infecção por HIV. Objectivo: Analisar os factores facilitadores e as barreiras na implementação das directrizes do programa de Prevenção de Transmissão Vertical (PTV) para a prevenção da infeção por HIV em três unidades sanitárias (US) do Distrito de Moamba, na Província de Maputo. Metodologia: Foi feito um estudo misto com abordagem quantitativa (estudo observacional descritivo transversal com a coleta de dados de fontes secundárias), a abordagem qualitativa (estudo genérico, baseado em entrevistas individuais com recurso a um guião semiestruturado) e por revisão documental. Os dados quantitativos foram coletados dos livros de registo de rotina da maternidade e da consulta da criança em risco (CCR). Foi usado o quadro conceitual RE- IAM para a análise dos dados quantitativos onde foram avaliados 4 domínios, nomeadamente: Alcance, Adoção, Efectividade e Implementação. O domínio de manutenção não foi avaliado. Os dados quantitativos foram analisados de forma descritiva com apresentação de tabela e gráficos de frequências. Resultados: Para o período do estudo definido, foram encontrados um total de 62 mulheres grávidas HIV positivas na maternidade e destas 97% (60/62) estavam em tratamento antirretroviral. Ao nível da CCR tivemos uma cobertura de 85%, ou seja, das 62 mulheres HIV positivas que deram parto ao na Maternidade, 53 se fizeram presentes um mês após o parto para a primeira consulta na CCR, e essa percentagem é menor ainda em pacientes que vivem há mais de 20km da US (64%). A taxa de transmissão vertical (TTV) global foi de 2% (1/62), sendo maior em crianças que não fizeram profilaxia reforçada e cujas mães não estavam em tratamento antirretroviral (50%; ou seja, 1 em 2 crianças). 14Foram entrevistadas 12 enfermeiras de Saúde Materno-Infantil (SMI), 42% (5/12) trabalhavam no Centro de Saúde de Moamba, 33% (4/12) em Tenga e 25% (3/12) em Ressano Garcia. Foram constatadas como barreiras para o PTV a distância da US ao local de residência, ruptura frequente de stocks de antiretorvirais (ARVs), falta de formação continua, o estigma e medo de sofrerem discriminação, a falta de revelação do seroestado ao parceiro, a falta de transporte e a migração para a África do Sul da mulher apos o parto. As diretrizes do PTV estão a ser seguidas apesar de haver alguns desafios no processo de implementação. As redes de apoio de pares como os grupos mãe para mãe e alocação de mãe mentora foram identificados como factores facilitadores para implementação do PTV. Conclusões: O estudo evidencia que a implementação do PTV no Distrito de Moamba contribuiu para a redução da taxa de transmissão vertical para 2%, valor inferior à média nacional de 13%. Contudo, persistem barreiras que comprometem uma implementação mais eficaz, sobretudo relacionadas à acessibilidade, recursos humanos e contextos socioculturaisen_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUniversidade Eduardo Mondlaneen_US
dc.rightsopenAcessen_US
dc.subjectPrevenção de transmissão verticalen_US
dc.subjectHIV pediatricoen_US
dc.subjectDiretriz PTVen_US
dc.subjectCriançasen_US
dc.subjectPMTCT guidelineen_US
dc.subjectPrevention of vertical transmissionen_US
dc.titleFactores facilitadores e barreiras na implementação das directrizes do Programa de Transmissão Vertical (PTV) do HIV em três unidades sanitárias (US) do Distrito de Moambaen_US
dc.typethesisen_US
dc.description.embargo2025-10-08-
dc.description.resumoMozambique is among the countries with the highest number of new HIV infections in children. In 2018, there were more than 16,000 new childhood infections due to vertical transmission, which represents about 11% of all new infections in the country. Despite the implementation of the Prevention of Vertical Transmission (PMTCT) Program for several years, there has been an interest in understanding the real reasons behind the high number of cases of HIV infection acquired through vertical transmission and in trying to better understand the factors that contribute to children born to mothers living with HIV continuing to acquire HIV infection. Objective: To analyze the facilitating factors and barriers to the effective implementation of the Prevention of Infection program guidelines Vertical Transmission (PMTCT) for the prevention of HIV infection in three health units (HU) in the Moamba District, Maputo Province, Mozambique. Methodology: A mixed study was carried out with a quantitative approach (cross-sectional descriptive observational study with data collection from secondary sources), a qualitative approach (generic study, based on individual interviews using a semi-structured script) and a documentary review. Quantitative data were collected from routine maternity record books and the child at risk consultation (CCR). The RE-IAM conceptual framework was used to analyze the quantitative data, where 4 domains were evaluated, namely: Reach, Adoption, Effectiveness and Implementation. The maintenance domain was not evaluated. Quantitative data were analyzed descriptively with presentation of tables and frequency graphs. Results: During the study period, a total of 62 HIV-positive pregnant women were found in the maternity ward, and of these, 97% (60/62) were on antiretroviral treatment. At the CCR level, we had 85% coverage, that is, of the 62 HIV-positive women who gave birth at the Maternity ward, 53 were present one month after delivery for the first consultation at the CCR, and this percentage was even lower in patients who lived more than 20 km from the health unit (64%). The overall vertical transmission rate (TTV) was 2% (1/62), being higher in children who did not receive reinforced prophylaxis and whose mothers were not on antiretroviral treatment (50%; that is, 1 in 2 children). Twelve Maternal and Child Health (MCH) nurses were interviewed, 42% (5/12) worked at the Moamba Health Center, 33% (4/12) in Tenga and 25% (3/12) in Ressano Garcia. The following barriers to PMTCT were identified: distance from the health center to the place of residence, frequent interruption ofstocks of antiretrovirals (ARVs), lack of ongoing training, stigma and fear of discrimination, failure to disclose HIV status to partners, lack of transportation and women's migration to South Africa after giving 16birth. PMTCT guidelines are being followed despite some challenges in the implementation process. Peer support networks such as mother-to-mother groups and the provision of mentor mothers were identified as facilitating factors for the implementation of PMTCT. Conclusions: The study shows that the implementation of PMTCT in the Moamba District contributed to reducing the vertical transmission rate to 2%, lower than the national average of 13%. However, barriers persist that hinder more effective implementation, particularly related to accessibility, human resources, and sociocultural contextsen_US
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